Coluna as reflexões de enrico

Ser leve não é ser raso

Emilly

18/07/2025

Ser leve não é ser raso


Tem pessoas que entram num ambiente e, sem dizer muita coisa, mudam o
ar. Gente que sorri com verdade, que escuta com presença, que não se
apressa em julgar. São leves. E por serem leves, às vezes são mal
interpretadas. Confundidas com quem não sente, com quem não pensa, com
quem vive na superfície. Mas ser leve não tem nada a ver com ser raso. tem a
ver com saber flutuar mesmo após ter afundado.
A leveza verdadeira não nasce de uma vida fácil. Nasce de quem já
passou por muita coisa e escolheu não carregar tudo para sempre. Nasce de
quem entendeu que viver não precisa ser um fardo contínuo. Que é possível ter
profundidade sem se afogar nos próprios sentimentos. Que dá para ser intenso
sem ser pesado. E que, aliás, ser leve é uma forma de resistência em um
mundo que insiste em nos endurecer.
Tem gente que é leve porque aprendeu a se perdoar. Porque entendeu
que culpa demais sufoca, que autocobrança sem limite paralisa, que remorso
não move ninguém para frente. E então escolheu rir das próprias falhas, amar
os próprios pedaços tortos, acolher a própria bagunça. E isso, convenhamos,
exige uma força enorme.
Ser leve é saber que a vida já é dura demais para a gente se tornar mais
um peso dentro dela. É saber chorar, sim, mas também saber respirar fundo,
sacudir a poeira e seguir. É não deixar que a dor vire identidade. É olhar para o
caos e dizer: isso não vai me consumir inteiro.
Leveza é um compromisso com a liberdade emocional. Com o bom
humor que salva, com a delicadeza que constrói, com a simplicidade que
conecta. Quem é leve não vive fugindo do fundo, só sabe voltar à tona com
mais facilidade.
E, no fim das contas, é essa leveza que permanece. Porque o que pesa
demais, a gente aprende a soltar. Mas o que é leve... a gente quer por perto.
Sempre.


@enricopierroofc

A urgência de viver o agora

Emilly

11/07/2025

A urgência de viver o agora

Todo mundo acha que vai viver de verdade quando tudo estiver no lugar.
Quando sobrar tempo, quando vier a calmaria, quando os boletos estiverem
pagos, quando a cabeça estiver leve. Só que a vida não espera. Ela acontece
no meio do caos mesmo. No entre. No durante.
A gente romantiza o depois e esquece que o agora é tudo o que temos.
Não existe tempo ideal, existe o tempo real. E o tempo real nem sempre é
confortável, organizado ou bonito. Às vezes é bagunçado, apertado, cheio de
barulho e dor de cabeça. Mas é nele que a vida pulsa.
O agora é onde mora o encontro. O olhar que você quase não deu. O
abraço que não deu tempo. A conversa que ficou para depois e, quando viu,
não aconteceu. Viver o agora é perceber que a saudade de alguém que ainda
está aqui é sinal de que a gente anda ausente demais do presente.
É claro que a gente tem problemas. Todo mundo tem. Mas a vida não é
o que sobra depois que os problemas passam, ela é o que a gente constrói
mesmo com os problemas ali. É preciso parar de viver como se a felicidade
estivesse sempre adiada. Ela está aqui, escondida no meio das distrações.
A urgência de viver o agora não é sobre descaso ou irresponsabilidade.
É sobre presença. É sobre fazer valer o tempo que temos. Porque, no fundo,
ninguém sabe quanto tempo tem. E a única coisa que não dá para adiar é a
vida.
@enricopierroofc

O valor da gentileza não performática

Emilly

09/07/2025

O valor da gentileza não performática
Tem coisa que a gente faz e ninguém vê. E tudo bem. Porque a
verdadeira gentileza não precisa de testemunha, nem de curtida. Ela acontece
quando ninguém está olhando. Quando você ajuda sem filmar. Quando cede
sem querer aplauso. Quando se importa sem fazer disso um banner.
O mundo anda tão carente de gestos reais que a gente começou a
aplaudir até o básico. Mas tem uma beleza gigante nas ações silenciosas.
Aqueles que não pedem palco, não pedem retorno, não pedem nada. Apenas
acontecem, por princípio, por caráter, por humanidade.
Tem gente que é gentil para aparecer. E tem gente que é gentil porque
não sabe ser diferente. Essa segunda é rara. Mas existe. E quando cruza o
nosso caminho, dá vontade de ser melhor também.
Gentileza não performática é aquela que se recusa a virar espetáculo. É
o bilhete deixado em silêncio, o café preparado sem ser pedido, o “pode deixar
que eu faço” que não vira dívida. É aquela ajuda que ninguém nunca soube,
mas que mudou o dia de alguém. Ou a vida.
Não tem nada mais bonito do que alguém que escolhe ser bom mesmo
quando ninguém repara. E, no fim das contas, é esse tipo de pessoa que
constrói um mundo mais leve, não com discursos, mas com pequenos atos que
somam, curam e inspiram.
@enricopierroofc

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